Gogo Board como Scratch Board – X

Ao olharmos novamente a documentação sobre o protocolo serial, não poderemos nos esquecer sobre a utilização do sensor 15, que se trata do envio da versão de firmware utilizada pela Scratch Board (Picoboard), atualmente 4.

Na prática, antes de enviar os valores relativos aos 8 sensores, deveremos utilizar:

void sendScratchPacket(15, 4);

Enviando os outros valores normalmente à seguir.

Br-GoGo e Scratch

Na recém lançada versão 223 do firmware, a B-GoGo passou a permitir a comunicação com o software Scratch, através do modo Gogo Board.

Este firmware poderá ser obtido aqui e a versão do Blocos compatível com esta e outras melhorias, poderá ser obtido aqui.

Foto: http://cdn.scratch.mit.edu/

Labview como Scratch Board

Podemos simular a Scratch Board apenas utilizando softwares para a simulação de uma porta serial, através do com0com e utilizando o Labview para enviar dados, assim como pode ser visto no PicoBoard Emulator.

comporbyteslv

Acima temos uma forma de compor o pacote de bytes que deverão ser enviados à porta serial, após serem convertidos para o formato hexadecimal, já que o componente VISA Write, não reconhece outro tipo de dados.

Visual Basic como Scratch Board

Podemos simular a Scratch Board apenas utilizando softwares para a simulação de uma porta serial, através do com0com e utilizando o Visual Basic para enviar dados, assim como pode ser visto no PicoBoard Emulator.

Para gerar o primeiro pacote de bytes, neste caso poderemos utilizar as duas alternativas abaixo:

Label1.Text = (&H80 + &H38 + &H1)
Label2.Text = (10000000 + 111000 + 1)

Ao olharmos o valor &H38, poderemos ficar confusos, no entanto se trata da conversão do valor binário 111, relativo ao valor 7, rotacionado três casas à esquerda.

Agora, depois da formatação dos bytes, deveremos enviá-los à porta serial no formato caracteres, ou seja Chr().

Gogo Board como Scratch Board – IX

Nesta segunda função, formataremos os dados referentes ao número do sensor, bem como seu valor e enviaremos através da conexão USB ao Scratch:

void sendScratchPacket(int NoCanal, long ValorSensor) {

output_high(RUN_LED);

printf(usb_cdc_putc,"%c", (0b10000000 | ((NoCanal & 0b1111) << 3) |
(((ValorSensor & 0b1111111111) >> 7) & 0b111)));
delay_us(400);
printf(usb_cdc_putc,"%c", ((ValorSensor & 0b1111111111) & 0x7F));

output_low(RUN_LED);

delay_us(400);
}

Gogo Board como Scratch Board – X

Ao observamos o firmware da Gogo Board, poderemos identificar a função:

switch (CMD_STATE) {}

Ela é responsável por identificar os dados enviados do computador à placa.

Sendo assim, logo em seguida à:

case CRICKET_CHECK:
  CMD_STATE = CRICKET_NAME;
  break;

Deveremos inserir nossa função:

case CMD_SCRATCH_DATA_REQUEST:
  int s;
  for(s=0;s<8;s++) makeScratchPacket(s);
  break;

Uma vez compilado o programa e gravando na placa, estaremos prontos para utilizá-la no Scratch, simulando a Picoboard.

Gogo Board como Scratch Board – VIII

Para acrescentarmos a nova funcionalidade ao firmware da Gogo Board, precisaremos declarar as funções utilizadas:

void makeScratchPacket(int NoCanal);
void sendScratchPacket(int NoCanal, long ValorSensor);

Dentro da primeira função, obteremos o valor analógico do sensor desejado e enviaremos à próxima função em conjunto com o número do sensor:

void makeScratchPacket(int NoCanal) {

set_adc_channel(NoCanal);
delay_us(channelSwitchDelay);
long ValorSensor;
ValorSensor=read_adc();
sendScratchPacket(NoCanal, ValorSensor);

}

Gogo Board como Scratch Board – V


Para o segundo pacote de dados, deveremos, formatar novamente o valor de sensor para 10 bits:

(ValorSensor & 0b1111111111)

E por fim, utilizar apenas os 7 bits menos significativos:

((ValorSensor & 0b1111111111) & 0x7F))

Feito isso, ao enviarmos estes bytes ao Scratch, ele deverá alterar o valor do sensor 7, de 0 para 234, ou simplesmente 23, já que o valor original do sensor é arrendodado e vai de uma escala de 0 à 100.

Foto: http://cdn.instructables.com/

Gogo Board como Scratch Board – IV

Vamos à analise do código anterior.

(NoCanal & 0b1111)

Será responsável por formatar o número relativo ao sensor (exemplo 7) para em 4 bits.

Deveremos alterar o número em três casas à esquerda:

((NoCanal & 0b1111) << 3)

Em seguida:

(ValorSensor & 0b1111111111)

Formataremos o valor do sensor para 10 bits e extrairemos os 3 bits mais significativos:

((ValorSensor & 0b1111111111) >> 7)

Agora formatamos o resultado para 3 bits:

(((ValorSensor & 0b1111111111) >> 7) & 0b111)

Por fim, somaremos o resultado à “0b10000000”, formando o primeiro pacote de dados.

Gogo Board como Scratch Board – III

Utilizando o compilador CCS, por exemplo, deveremos escrever nosso código desta forma:

printf(usb_cdc_putc,"%c", (0b10000000 | ((NoCanal & 0b1111) << 3) | (((ValorSensor & 0b1111111111) >> 7) & 0b111)));
printf(usb_cdc_putc,"%c", ((ValorSensor & 0b1111111111) & 0x7F));

E ainda, entre o envio de cada grupo de bytes, será necessário incluir um tempo mínimo de espera:

delay_us(400);

Assim, formaremos os pacotes de bytes a serem enviados.

Foto: http://www.warburtech.co.uk/

Gogo Board como Scratch Board – II

Em resumo, o envio de dados se dará da seguinte forma:

Byte1: <1><numero sensor (formado por 4 bits)><valor sensor (formado pelos 3 bits mais significativos)>
Byte2: <0><valor sensor (formado pelos 7 bits menos significativos)>

Na prática, supondo que enviaremos o valor 234 presente no sensor 7, teremos:

Byte1: <01><0b0111><001>
Byte2: <00><1101010>

Desta forma, teremos os bytes que deverão ser enviados. Um detalhe é que o valor do sensor deve conter 10 bits, ou seja 0b0011101010 e não apenas 8.

Foto: http://cdn.instructables.com/

Gogo Board como Scratch Board

A Gogo Board, naturalmente se conecta ao Scratch, podendo enviar os valores de seus sensores à ele, como visto aqui.

A título de curiosidade, podemos modificar o firmware original para que a placa também possa emular a Scratch Sensor Board, ou mais conhecida atualmente como PicoBoard, assim como já fizemos com Arduino e com a Raspberry.

Inicialmente, precisaremos entender o protocolo serial do Scratch, através deste documento.

Foto: http://cdn.scratch.mit.edu/